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Sebrae Case

O jogo como engrenagem do ecossistema de inovação


Se inovar é um pré-requisito para as empresas que desejam se manter competitivas no mercado, nas pequenas empresas isso tem um papel ainda mais estratégico. É com esse norte que o Sebrae ajuda as empresas brasileiras a promover negócios transformadores. No Brasil, a instituição é responsável pelo direcionamento estratégico e pela definição de diretrizes e prioridades de suas unidades estaduais – hoje formadas por mais de 5 mil funcionários diretos e cerca de 8 mil consultores e instrutores credenciados para transmitir conhecimento a quem tem ou deseja abrir um negócio. Uma dessas diretrizes nacionais é a promoção da inovação e do empreendedorismo com foco em startups. Para isso nasceu o SebraeLab, um espaço modulado para empreendedores experimentarem novas práticas e processos em conjunto com o ecossistema de startups. Num amplo portfólio de atividades, estão jogos, oficinas interativas e hackathons. O objetivo é oferecer aprendizado contínuo, estimular a criatividade e múltiplas conexões nos negócios. E quando o assunto é imersão no ecossistema de startups, o Sebrae optou por incluir o Game Experience da Startup Mundi em seu portfólio em todo o Brasil. Acre, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia e Santa Catarina já aplicam a gamificação da Mundi.


Manaus além da indústria

Em uma cidade preocupada com a dependência de uma zona industrial que atingiu seu apogeu e com o desejo de ter novas fontes econômicas, o Sebrae Manaus trabalha com diversos parceiros locais para fomentar o setor de inovação e investir em um pólo de startups. “Queremos que novas ideias surjam e que essas startups realmente fiquem na capital gerando mais empregos. O mercado já está em alta e queremos ajudar você a se desenvolver ainda mais”, afirma Denys. O Sebrae Manaus adquiriu o jogo do Startup Mundi em 2018 como uma das metodologias agregadas ao SebraeLab local para fomentar negócios de inovação e startups na região. Inicialmente, a metodologia foi aplicada ao programa de pré-aceleração denominado Flash Sebrae.


“O resultado que tivemos com a aplicação do jogo em nosso programa foi ótimo. Percebemos que após a aplicação da metodologia os participantes ficaram muito mais nivelados em relação às principais terminologias, facilitando assim o treinamento que viria a seguir”, afirma Denys Santos da Cruz, Analista Técnico do Sebrae Amazonas. Há 12 anos trabalha no Sebrae, promovendo empreendedorismo e inovação. Para ele, o que mais chama a atenção na metodologia tem sido a evolução do pitch das startups. “A forma como esta dinâmica foi desenvolvida permite que, ao final das quatro horas e das três apresentações de pitch, os participantes apresentem com segurança a sua ideia de negócio, falando sobre o tema de forma mais madura no final do jogo”.


Com o sucesso da aplicação da metodologia Startup Mundi no programa de aceleração, o Sebrae Manaus iniciou a inscrição para empreendedores de empresas mais tradicionais da região que tivessem o desejo de se aproximar do universo das startups e mudar seus processos internos sem precisar passar por durante vários meses de treinamento. “O Mundi caiu como uma luva para os empresários darem um mergulho inicial nos principais termos”, afirma. Em seguida, iniciaram uma sequência para professores da Universidade Federal do Amazonas com cátedras voltadas para empreendedorismo e inovação.


Interiorização, mentalidade disruptiva para além dos grandes hubs

A partir da experiência com a metodologia gamificada, o Startup Mundi permite a construção de pontes entre os diferentes atores do ecossistema, como o universo das startups e as instituições de fomento e educação. E, assim, capacita e capacita empreendedores e organizações envolvidas com inovação. Esse também foi o caso do Sebrae Acre, principal ator de inovação da região. O conhecimento derivado da dinâmica do jogo permeia as próprias startups, mas avançou para todo o ecossistema, como universidades e empreendedores da região. Inicialmente, o jogo foi utilizado no programa de aceleração com o objetivo de nivelar o conhecimento dos participantes e gerar mais engajamento.


“Termos como due diligence, acordo de parceria, entre outros. O jogo transforma nomes complexos em uma experiência de quatro horas em um clima de competição saudável entre os participantes que podem ver na prática o resultado das ações”, afirma Fábio Ortiz, coordenador do Laboratório Sebrae.


Outra utilização foi como ferramenta de promoção do empreendedorismo dentro das universidades nos desafios universitários realizados pelo Sebrae para mostrar a experiência das startups. Além de servir de apoio aos empreendedores locais, principalmente com o objetivo de mostrar aos executivos que este mercado existe como potencial para investimentos. “Transformar informações densas, termos e processos complicados em uma experiência lúdica e interessante para o empreendedor. Esse é o grande trunfo do jogo Startup Mundi”, finaliza. Em Minas Gerais, o jogo começou como um treinamento exclusivo para gestores de incubadoras. O objetivo foi reciclar o conhecimento desses importantes players da região para uma mentalidade mais atual e focada em metodologias ágeis. “Descobrimos que era preciso tirar os gestores da zona de conforto para conhecer novos conceitos. No Sebrae, também trabalhamos muito as equipes internas mostrando essa cultura por meio do jogo”, diz Andrea Furtado, responsável pelo aplicativo de jogo. Com um mercado de inovação e tecnologia extremamente aquecido em cidades como Belo Horizonte, Triângulo Mineiro e Viçosa, o Sebrae MG viu a necessidade de levar a metodologia também para cidades do interior.


Disseminar a inovação e a cultura do erro

"Conhecer realmente uma jornada de startup é super positivo. Por ser um game, um jogo, fica muito mais fácil assimilar os conceitos pois todo mundo fica naquela de competir e verificando que a própria cultura de startup de que errar não tem problema. Não necessariamente quem ganha todas, ganha o jogo. A cultura do erro é bem legal e é muito legal trazer isso", conta Andrea após aplicar o jogo para públicos diversos em várias regiões de Minas. 



"O propósito da Startup Mundi é a difusão do conhecimento. Hoje a disrupção não está restrita aos grandes polos do país. Com a tecnologia acessível é possível recriar processos, serviços e modelos em qualquer parte. É indispensável que esses novos criadores e empreendedores saibam qual o caminho devem percorrer para dar o pulo do gato, ou seja, fazer com que a inovação regional entre no mercado encontre o público ao qual ela está vinculada. Os Sebraes do país estão cumprindo esse papel, e nós ficamos muito contentes em contribuir com essa tarefa, mostrando qual o caminho a ser seguido", diz Antonio Durán Jr, cofundador da Startup Mundi.


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