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Case Embraer

Asas para inovar

Se há poucos anos atrás o processo de inovação em grandes empresas se dava de maneira fechada, o cenário atual nos mostra que o caminho para criar e se manter competitivo no mercado evoluiu. O conceito de inovação aberta ou open innovation quebra antigos paradigmas e mostra às organizações que conectar o ambiente interno ao externo estimula a criação, abrindo um mundo de possibilidades e novos conhecimentos.


Embraer

Um dos exemplos mais bem-sucedidos de companhias brasileiras é a Embraer, considerada um case de sucesso ao aproximar-se e investir em startups para inovar em conjunto com seus departamentos internos. Há mais de uma década, a fabricante encontrou na troca de conhecimentos e experiências a solução para seguir se adaptando aos avanços da indústria global. “A Embraer está inserida em uma rede global de conhecimento e buscamos conexão com startups voltadas para tecnologias avançadas. Nosso objetivo é criar parcerias mutuamente benéficas com essas startups para buscar oportunidades de inovações e negócios estratégicos”, explica Rodrigo Carlana, Coordenador de Empreendedorismo Tecnológico da Embraer. Mas é claro que nem tudo são flores e, neste percurso, a companhia encontrou algumas turbulências no processo. Antes de apostar em abrir as portas para inovação, os funcionários da empresa estavam habituados a lidar com fornecedores e parceiros ainda maiores que a Embraer, empresas já consolidadas no mercado, com processos bem estabelecidos. 


“A indústria aeronáutica é bastante regulamentada, com processos robustos e sistemas normativos bem estabelecidos. É uma dinâmica bastante diferente do ambiente ágil das startups. Assim, é natural que existam dificuldades iniciais para compreender o modo de operação de ambas as partes e estabelecer um fluxo de trabalho fluido entre a grande empresa e uma startup” Diz Carlana. 


Com o objetivo de ajudar as equipes de inovação da Embraer a se comunicar e entender melhor o mindset das startups e suas metodologias inovadoras, a Embraer realizou uma experiência vivencial através de um jogo de tabuleiro.


A experiência vivencial como forma de capacitar

Com o objetivo de reforçar e ampliar a cultura da inovação, a Embraer contratou a Startup Mundi Game Experience para, a partir da experiência da dinâmica de jogos, construir pontes entre as equipes internas e as startups, capacitando e potencializando as experiências para a geração de inovação. Para Carlana, um bom início de compreensão do mundo de startups é participar do jogo da Startup Mundi.

Surtiu o efeito esperado: entender o mundo e a evolução de uma startup. Em virtude da tecnologia e dos programas de inovação aberta em andamento na empresa, a Embraer também vê o Jogo como uma forma de expor seus funcionários a novos processos e práticas com o intuito de criar programas cada vez melhores e com maior probabilidade de sucesso de relacionamento entre estes dois universos. Para trazer o mindset de fora para dentro, a Embraer contratou um pacote de sessões facilitadas pela Startup Mundi para condução de grupos multidisciplinares nesta jornada. Entre os participantes, estavam profissionais das áreas de Desenvolvimento Tecnológico, Gestão de Projetos, RH, Suprimentos, Jurídico, Compliance, entre outros. A aplicação padrão do Game Experience foi acrescida de tempo extra para proporcionar aos participantes a possibilidade de explorar exemplos, aprofundar conceitos e debater cenários.


Aerodinâmica: reduzindo a resistência

Durante o Startup Mundi Game Experience, que simula os principais estágios, conceitos e desafios de uma startup nos seus primeiros quatro anos, os participantes vivenciaram a trajetória e tomaram decisões a partir da visão do empreendedor, o que gera aprendizado e engajamento positivo com o universo startup. “Nosso intuito na Embraer foi realmente trazer o mundo das startups para dentro da empresa, levar a experiência desse mercado para fomentar este mindset na companhia. Tivemos um alto nível de engajamento e ótimos insights que impactaram positivamente o processo”, afirma Fabiele Nunes, Cofundadora da Startup Mundi. É o que relata Gléverson Lemos, da área de Desenvolvimento Tecnológico e participante do Jogo: “foi uma experiência muito interessante para introduzir conceitos deste universo das startups de uma forma dinâmica, divertida e bastante instrutiva”, diz. O resultado foi ter equipes mais abertas aos conceitos de uma startup e também mais inclinadas a compreender o outro lado, quebrando o comum choque de cultura entre o mundo corporativo e o empreendedor.

“Após a dinâmica da Startup Mundi, o impacto imediato foi a redução de resistência de parte das pessoas. O jogo nos ajudou muito a entender que existe sim a possibilidade de lidar com uma startup promissora e, entendendo o outro lado, passamos a ter uma relação mais proveitosa” relata Carlana.

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