Como ensinar empreendedorismo na escola: tudo o que você precisa saber para incluir a educação empreendedora na grade curricular
O ano letivo já vai começar e a pauta da educação empreendedora ainda não saiu do papel? Conheça o programa ideal para desenvolver a cultura empreendedora entre os seus alunos.
Em sua essência, o empreendedorismo consiste nos processos de desenvolvimento, organização e administração de negócios lucrativos, mesmo diante de um risco financeiro.
Muito além do desejo de ser o seu próprio chefe, o empreendedor, muitas vezes, busca uma alternativa ao desemprego, criar oportunidades, bem como novas soluções e respostas a problemas antigos do seu contexto.
De acordo com o Relatório Global de Empreendedorismo 2021/2022 (GEM - Global Entrepreneurship Monitor) , o empreendedorismo é considerado uma solução, especialmente na era pós-pandêmica, porque novos negócios trazem novas ideias, tecnologias e produtos para a sociedade que aceleram a mudança, criam empregos e importantes benefícios sociais. Por outro lado, a digitalização e as novas tecnologias transformam cada vez mais o mercado de trabalho, o que faz necessário a criação de políticas que auxiliem a população a acompanhar esse ritmo de constantes mudanças.
Diante disso, a
Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE), aponta a importância de incluir temas transversais, como inovação, empreendedorismo e liderança no currículo escolar desde a educação básica, com o objetivo de preparar e capacitar professores, crianças e jovens para as rápidas transições do cenário mundial.
Mas como iniciar um programa de empreendedorismo na sua escola?
Pensando nisso, trouxemos esse mini guia de empreendedorismo na escola e tudo o que você precisa saber para começar agora mesmo um programa de empreendedorismo com os seus alunos.
- Importância da educação empreendedora nas escolas.
- 3 metodologias para ensinar empreendedorismo nas escolas.
- Bônus: Aprenda como incluir a metodologia de educação empreendedora na grade curricular.

Importância da educação empreendedora nas escolas
Uma pesquisa realizada pela Junior Achievement USA com mil adolescentes entre 13 e 17 anos de idade, mostra que 60% dos participantes preferem iniciar o seu próprio negócio do que ter um trabalho tradicional, bem como, quase 37% afirmaram ter interesse em programas que foquem no ensino empreendedor durante o período letivo.
São inúmeros os benefícios da educação empreendedora nas escolas e a sala de aula é o melhor ambiente para isso, já que conta com a estrutura de aprendizado e o apoio dos professores, assim como incentiva o trabalho em equipe, a comunicação, proatividade e autonomia.
Além disso, os estudantes podem adquirir conhecimentos, experiências e atitudes que os direcionam a realizar objetivos, transformar ideias em negócios, prosperar em seu futuro profissional e, até mesmo, contribuir com a sua comunidade.
Benefícios do empreendedorismo nas escolas:
- Resolução de problemas: uma metodologia comum para a resolução de problemas foi idealizada pelo matemático George Pólya , que divide o processo em quatro passos: compreensão do problema, construção de uma estratégia de resolução, execução da estratégia e revisão da solução.
- Resiliência: além de mais facilidade em identificar problemas e soluções, a educação empreendedora contribui para uma tomada de decisões mais ágil e melhor controle emocional.
- Criatividade: a criatividade caminha lado a lado com a resolução de problemas, especialmente se considerarmos as necessidades de ideias para a criação de novas soluções, com o objetivo de seguir adiante, aprendendo e refinando resultados.
- Pensamento crítico: ensina diferentes pontos de vista para uma mesma situação, junto a análise de fatos e mensuração de forças ou fraquezas de algo, contribuindo para um olhar mais cuidadoso antes da tomada de decisão e menos necessidade de de opiniões ou aprovações externas.
Já ficou claro que as habilidades necessárias para empreender são, na verdade, para a vida, não é mesmo?
Ao aprender empreendedorismo, o aluno torna-se apto para encarar os desafios do dia a dia e sobreviver em qualquer meio e época, especialmente em fases tão repletas de mudanças como a adolescência.

3 metodologias para ensinar empreendedorismo nas escolas
Diferente do ensino tradicional, a educação empreendedora deve ser compreendida com metodologias ativas e capazes de empoderar os alunos através do compartilhamento de conteúdo e conhecimento na prática.
Dentro disso, o estudo da Unesco “ Learning Counts ” (O Aprendizado Conta), explica como os modelos construtivistas de desenvolvimento e aprendizagem aplicam uma abordagem capaz de medir resultados em formação, de forma a enfatizar a importância da aprendizagem ativa e feedback contínuo. Assim, o processo de ensino torna-se “ subjetivo, informal, imediato e intuitivo, pois interage com a aprendizagem à medida que ela ocorre, monitorando o comportamento do aluno, o desempenho escolar e a capacidade de resposta à instrução ”.
Assim, surge o
edutainment , conceito que une lazer e educação para aprimorar o engajamento e potencializar a captação de conhecimento.
Conheça as 3 melhores metodologias para ensinar educação empreendedora para adolescentes
- Flipped Learning: também conhecida como aprendizagem invertida, esta metodologia provoca maior participação dos alunos e coloca o professor em um papel de facilitador e tutor da aprendizagem.
- O professor deve propor determinado conteúdo e compartilhar os respectivos materiais para que sua turma estude fora da sala de aula.
- Depois, os alunos devem realizar o que estudaram na prática, por meio de dúvidas e debates.
- Geralmente, a aprendizagem invertida acontece por meio de plataformas, que facilitam a comunicação remota e tornam o ambiente de aprendizagem mais dinâmico.
- Design Thinking: com o objetivo de resolver um problema, esse método é dividido em quatro etapas:
- Imersão: realiza-se a análise sobre todo o contexto em que o problema está inserido. A Análise SWOT é a mais recomendada, pois é uma ferramenta para mapear oportunidades, ameaças, fraquezas e pontos fortes. Os feedbacks também fazem parte deste passo, com o objetivo de otimizar o desempenho dos alunos.
- Ideação: com o diagnóstico das necessidades de melhorias, chega o momento da busca por ideias e soluções relevantes para solucionar o problema em questão. O uso de dados é fundamental para otimizar a eficácia do processo, assim como técnicas de trabalho em equipe e co-criação, como o brainstorming, otimizam e motivam a participação.
- Prototipação: com as ideias reunidas, é hora de testar as com maiores chances de sucesso. O protótipo é a versão beta da solução, que serve como uma forma de observar a experiência da proposta, necessidades de refinamentos e ajustes até sua versão final. O protótipo também pode acontecer por simulações da solução desejada.
- Ideação: é o momento de tirar os planos do papel e realizar o lançamento da solução, envolvendo temas multidisciplinares, como comunicação e conhecimento do mercado.
- Game Based Learning: a aprendizagem é potencializada por meio dos desafios apresentados no decorrer de um jogo, com a formação de times, torna-se uma grande ferramenta para favorecer o espírito de equipe, a socialização, a resiliência e a motivação, que acontece através do desejo de vencer a competição.
Bônus: Aprenda a incluir as metodologias de educação empreendedora na grade curricular
Incluir a educação empreendedora na grade curricular da escola pode parecer um desafio. Afinal, é preciso rever todo o calendário escolar, disciplinas, horários, além do próprio investimento de tempo e recursos disponíveis para encontrar a metodologia ideal para os seus alunos.
Pensando nisso, o Startup Mundi Game reúne todas as metodologias mencionadas acima em um jogo de tabuleiro capaz de realizar toda a educação empreendedora, nos formatos físico, digital ou híbrido.
Em apenas algumas horas, seus alunos irão entrar no universo da inovação e do empreendedorismo, em uma simulação realista sobre toda a jornada de uma solução, desde a ideia até a escalabilidade. Uma experiência emocionante, que capacita a cultura empreendedora na prática.

